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USO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS

  • Patrícia Amante de Oliveira – Geriatra Nutróloga
  • 10 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de jul. de 2023

A desnutrição hospitalar é altamente prevalente, porém sub-diagnosticada, principalmente em pacientes em unidade de terapia intensiva (UTI). Dados brasileiros comprovam uma prevalência de 54,5% à admissão em UTI e de 70,3% após 48 horas de internação. A desnutrição em pacientes críticos está relacionada ao aumento do risco de infecção, aumento do tempo de internação tanto em UTI quanto hospitalar, maiores taxas de reinternação e maior mortalidade. A oferta de nutrição adequada faz parte do tratamento de pacientes críticos e deve ser uma preocupação constante. Os guidelines da ASPEN (American Society for Parenteral and Enteral Nutrition) e ESPEN (European Society for Parenteral and Enteral Nutrition) recomendam início precoce de nutrição enteral (NE) em pacientes críticos que não conseguem se alimentar por via oral. Ambos sugerem o início de nutrição parenteral (NP) suplementar em pacientes que não atingem o aporte calórico ou proteico através da nutrição enteral (NE) e há recomendações quanto ao uso de NP naqueles com evidência de desnutrição à admissão.


Um estudo multinacional retrospectivo conduzido em 8 países da América Latina avaliou pacientes internados em UTIs de 116 hospitais que recebiam terapia nutricional (TN) por pelo menos 5 dias antes da verificação. Foram avaliados 1053 pacientes, dos quais mais de 70% apresentavam desnutrição moderada ou grave. Destes doentes, 40% dos pacientes não receberam oferta calórica adequada entre o 4° e o 5° dia de TN, acumulando déficit energético rapidamente e predispondo a infecção, maior tempo de ventilação mecânica (VM) e piores resultados clínicos. As TNs incluíram a NE exclusiva (79,9%), a NP exclusiva (9,4%) e a suplementar NE + NP (10,7%), demonstrando um baixo uso de NP, mesmo se tratando de pacientes com desnutrição de moderada a grave, e mais de 1/3 com contraindicação ou intolerância à NE. A proporção de déficit energético foi maior entre os que recebiam somente NE (42,4%) comparados com os que receberam NE + NP (28,3%).


O estudo demonstrou que a administração de NP esteve associada ao aumento da oferta calórica e proteica, sugerindo que deve haver uma utilização mais efetiva da NP suplementar em pacientes críticos que falham em receber nutrição adequada por NE exclusiva.


Referência: Wischmeyer PE, Hasselmann M, Kummerlen C, Kozar R, Kutsogiannis DJ, Karvellas CJ, Besecker B, Evans DK, Preiser JC, Gramlich L, Jeejeebhoy K, Dhaliwal R, Jiang X, Day AG, Heyland DK. A randomized trial of supplemental parenteral nutrition in underweight and overweight critically ill patients: the TOP-UP pilot trial. Crit Care. 2017 Jun 9;21(1):142. doi: 10.1186/s13054-017-1736-8.



 
 
 
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